No dia-a-dia

14.12.12
O Nicolau sempre que vê uma foto do Jaime no computador começa a gritar "pai" e a acenar, como se estivéssemos no Skype.

O Isaac só diz certas palavras em "brasileiro", corrigindo-nos sempre que as dizemos em "português" e como tem estado doentxi, esta está a ser uma semana muito poliglota.

Saí para almoçar sozinha, num acesso libertário, depois de ter mandado sms ao pai dos rapazes a dizer que eles estavam à espera de ir almoçar com ele a algum sítio, uma vez que a mãe se tinha recusado a cozinhar, e verifiquei que menti à minha filha: As pessoas negam comida a quem pede. Eu sei que há a sopa dos pobres, mas a sério que há quem consiga não pagar uma sopa a um sem abrigo creditado (para vender a "Cais", acho que é preciso ter "carta" de sem abrigo)? Pelos vistos sim, e não é uma, nem são duas, ou meia dúzia de pessoas. E, sinceramente, ainda bem para elas, que não se comovem com o discurso da caridade, mas como é que se vira costas a alguém que quer uma sopa? (Eu sei, estou aqui, estou a substituir a Isabel Jonet)

O Jaime perguntou porque é que, afinal, tínhamos gatos e eu, sem saber muito bem o que dizer (até porque sou muito mais pessoa de cães) respondi que temos gatos pela mesma razão que temos filhos, ou seja, não há uma explicação.

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